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O Poder da Música: Uma Jornada Científica pelos Benefícios da Melodia




A música sempre teve um lugar especial em nossas vidas, mas sua influência vai muito além do entretenimento. Estudos científicos em diversas áreas, como enfermagem, psicologia, neurociência e educação, comprovam o poder da música em impactar nossos comportamentos e emoções.


Música como Terapia:

Pesquisas mostram que a música pode ser uma ferramenta terapêutica poderosa, capaz de promover relaxamento (Nunes-Silva et al., 2016), melhorar a comunicação e a qualidade de vida de idosos (Pinheiro et al., 2021; Gomes & Amaral, 2012), contribuir para o desenvolvimento positivo de adolescentes em situação de vulnerabilidade social (Netto et al., 2020) e até mesmo beneficiar a saúde de pacientes com câncer (Souza et al., 2019; Santos & Taets, 2020).


Música e Bem-Estar:

A música também é uma aliada para promover o bem-estar mental e emocional das crianças (Bueno & Bergamasco, 2008; Denucci et al., 2021; Teixeira & Fernandes, 2021), incluindo aquelas com transtorno do espectro do autismo (Sampaio et al., 2015).


Impactos da Música na Saúde:

Estudos científicos demonstram que a música pode ter impactos positivos na pressão arterial (Pereira et al., 2020) e na atenção (Rosário et al., 2021), além de contribuir para a melhoria da saúde em ambientes específicos, como prisões (Souza et al., 2021) e hospitais (Santos et al., 2022).


Música e Comportamento:

A literatura científica também destaca a importância da música na promoção de comportamentos pró-sociais (Pimentel et al., 2017), na melhoria da comunicação e socialização de crianças com autismo (Teixeira & Fernandes, 2021), e na promoção da saúde de idosos (Gomes & Amaral, 2012; Souza et al., 2020).


Música e Emoções:

Pesquisas têm destacado que a música exerce uma influência considerável sobre as emoções humanas, como apontado em estudos anteriores (Nunes-Silva et al., 2016; Bueno & Bergamasco, 2008). Essa forma de arte tem a capacidade singular de evocar uma variedade de respostas emocionais, desde o relaxamento até o aumento da excitação emocional, e pode significativamente afetar o estado de ânimo das pessoas. A música pode ser uma aliada poderosa para induzir estados de tranquilidade e calma, bem como para despertar sentimentos de alegria, entusiasmo ou até mesmo tristeza, dependendo de fatores como o ritmo, a tonalidade e a letra das composições. Essa compreensão da influência da música sobre as emoções oferece insights valiosos sobre seu potencial terapêutico e destaca sua importância na promoção do bem-estar emocional e mental.


Música e Cérebro:

A conexão entre música e cérebro tem sido extensivamente investigada, revelando insights significativos sobre como a música pode impactar nosso funcionamento cognitivo e emocional (Muszkat et al., 2019; Rocha & Boggio, 2013). Estudos demonstram que a música tem a capacidade única de ativar áreas cerebrais específicas, desencadeando respostas neurais que afetam uma variedade de processos cognitivos. Por exemplo, a percepção auditiva é refinada e aprimorada pela experiência musical, enquanto a música também pode desempenhar um papel crucial na facilitação da memória, tanto na evocação de lembranças passadas quanto na aprendizagem de novas informações. Além disso, a linguagem e as emoções são profundamente influenciadas pela música, com padrões melódicos e líricos que podem evocar uma gama diversificada de sentimentos e expressões linguísticas. Essa compreensão da iteração entre música e cérebro oferece insights valiosos sobre os mecanismos subjacentes aos efeitos terapêuticos da música e destaca seu potencial para melhorar a qualidade de vida e promover o bem-estar cognitivo e emocional.


Música e Saúde Cardiovascular:

A música tem sido associada a efeitos benéficos na saúde cardiovascular, como demonstrado por estudos recentes (Maia & Silva, 2021). A pesquisa revela que ouvir música pode resultar na redução da pressão arterial, diminuição da frequência cardíaca e melhoria da função vascular, possivelmente devido à capacidade da música de induzir relaxamento e modular as emoções. Esses achados ressaltam a importância de considerar a música como parte integrante de abordagens holísticas para a saúde cardiovascular, destacando seu potencial terapêutico e sua relevância para o bem-estar geral.


Conclusão:

Em resumo, a música vai além do mero entretenimento; ela se revela como uma poderosa ferramenta que pode exercer impactos profundamente positivos em diversos aspectos de nossa existência. Ao longo dos anos, a ciência tem explorado minuciosamente os efeitos da música em nossa saúde física, mental e emocional, revelando um panorama rico em benefícios. Desde a promoção do relaxamento até a melhoria da concentração e da saúde cardiovascular, os estudos têm destacado a influência abrangente e multifacetada da música em nossas vidas.

Além disso, a música desempenha um papel fundamental na expressão e na conexão emocional, servindo como uma linguagem universal que transcende barreiras culturais e linguísticas. Ela pode evocar sentimentos profundos, despertar memórias vividas e oferecer conforto em momentos de dificuldade.

Nesse contexto, é fundamental reconhecer e valorizar o potencial terapêutico da música. Seja como uma forma de autoexpressão, uma ferramenta de comunicação ou um recurso para promover o bem-estar físico e emocional, a música oferece inúmeras possibilidades para enriquecer nossas vidas.

Portanto, ao integrar conscientemente a música em nossas rotinas diárias, podemos aproveitar ao máximo seus benefícios e cultivar uma maior sensação de equilíbrio, conexão e vitalidade em nossas vidas.



Referências:

  • Bueno, V., & Bergamasco, N. (2008). Efeito da associação de sabor e música sobre o estado de ânimo de crianças. Estudos de Psicologia (Campinas), 25(3), 385-393. https://doi.org/10.1590/s0103-166x2008000300007

  • Denucci, M., Williams, E., Castro, Q., & Souza, C. (2021). A música como recurso terapêutico na fonoaudiologia voltado para desenvolvimento infantil / music as a therapeutic resource in speech therapy aimed at child development. Brazilian Journal of Development, 7(8), 84342-84364. https://doi.org/10.34117/bjdv7n8-581

  • Gomes, L., & Amaral, J. (2012). Os efeitos da utilização da música para os idosos: revisão sistemática. Revista Enfermagem Contemporânea, 1(1). https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.v1i1.46

  • Maia, G., & Silva, M. (2021). Efeitos cardiovasculares da música de Mozart: uma revisão sistemática. Revista Portal Saúde e Sociedade, 6(Fluxo contínuo), e02106021. https://doi.org/10.28998/rpss.e02106021

  • Muszkat, M., Correia, C., & Campos, S. (2019). Música e neurociências. Revista Neurociências, 8(2), 70-75. https://doi.org/10.34024/rnc.2000.v8.8947

  • Netto, I., Santos, G., & Santos, L. (2020). Grupo musical como contexto para promoção do desenvolvimento positivo de adolescentes. Interface - Comunicação Saúde Educação, 24. https://doi.org/10.1590/interface.190367

  • Nunes-Silva, M., Valadares, A., Rosa, G., Lopes, L., & Marra, C. (2016). Avaliação de músicas compostas para indução de relaxamento e de seus efeitos psicológicos. Psicologia Ciência e Profissão, 36(3), 709-725. https://doi.org/10.1590/1982-3703001672014

  • Pereira, J., Souza, M., Assis, F., Souza, P., Luna, A., & Silva, N. (2020). Efeito da música na pressão arterial: uma revisão sistemática. Revista Enfermagem Contemporânea, 10(1), 158-168. https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.v10i1.2989

  • Pimentel, C., Günther, H., & Silva, B. (2017). Efeitos de letras de músicas em comportamentos pró-sociais. Psicologia em Revista, 23(1), 66-80. https://doi.org/10.5752/p.1678-9563.2017v23n1p66-80

  • Pinheiro, L., Mansur, A., Fidêncio, V., Maximino, L., & Corrêa, C. (2021). Efeitos da música na comunicação do idoso: panorama das pesquisas brasileiras. Archives of Health Investigation, 10(4), 626-630. https://doi.org/10.21270/archi.v10i4.4918

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  • Rosário, V., Loureiro, C., & Gomes, C. (2021). Relação entre música e atenção. Per Musi, (40), 1-18. https://doi.org/10.35699/2317-6377.2020.14912

  • Sampaio, R., Loureiro, C., & Gomes, C. (2015). A musicoterapia e o transtorno do espectro do autismo: uma abordagem informada pelas neurociências para a prática clínica. Per Musi, (32), 137-170. https://doi.org/10.1590/permusi2015b3205

  • Santos, A., Barros, L., Vilanova, R., Cruz, P., Brito, R., & Nunes, A. (2022). Musicoterapia como ferramenta complementar no cuidado de prematuros: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 15(7), e10559. https://doi.org/10.25248/reas.e10559.2022

  • Santos, M., & Taets, G. (2020). A importância do uso da música pela enfermagem em oncologia. Enfermagem Brasil, 19(1), 87-95. https://doi.org/10.33233/eb.v19i1.3057

  • Souza, J., Campagnoni, J., Barbosa, S., Sauer, A., Zenevicz, L., Brum, C., et al. (2019). Música no hospital: promoção da saúde na oncologia. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 32, 1-8. https://doi.org/10.5020/18061230.2019.8920

  • Souza, J., Campagnoni, J., Reinaldo, R., Urio, Â., Barbosa, S., Martins, E., et al. (2020). Envelhecer cantando: música como possibilidade para promover a saúde do idoso. Enfermagem Brasil, 19(2), 115-122. https://doi.org/10.33233/eb.v19i2.2910

  • Souza, J., Rosa, O., Barbosa, S., Pilger, K., Marquesini, T., & Martins, E. (2021). Promoção da saúde por meio da música em uma penitenciária feminina: relato de experiência. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 34, 1-8. https://doi.org/10.5020/18061230.2021.11583

  • Teixeira, L., & Fernandes, P. (2021). Efeitos da musicoterapia na comunicação, socialização e imaginação em crianças com perturbação do espectro do autismo: um estudo de caso em Rebordosa - Portugal. Perspectivas em Diálogo Revista de Educação e

 
 
 

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