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O Impacto das Redes Sociais na Saúde Mental dos Jovens

As redes sociais tornaram-se uma parte intrínseca da vida dos jovens, oferecendo oportunidades de interação social e acesso à informação como nunca antes. No entanto, à medida que exploramos mais profundamente o mundo digital, torna-se evidente que o uso excessivo e inadequado das redes sociais pode acarretar uma série de problemas de saúde mental entre os adolescentes.


Uma análise cuidadosa das referências selecionadas revela pontos cruciais abordados por diversos autores. Entre eles, destacam-se as preocupações relacionadas ao aumento de sintomas de ansiedade, depressão e baixa autoestima devido ao uso exagerado de redes sociais e smartphones. Além disso, aspectos cognitivos como atenção, memória e desempenho acadêmico também são afetados negativamente pelo uso descontrolado dessas tecnologias (Barros et al., 2020).


As mídias sociais têm sido alvo de críticas devido à disseminação de informações falsas, ao cyberbullying e ao discurso de ódio que permeiam essas plataformas. No entanto, é inegável que elas se tornaram uma parte essencial da vida dos jovens, com a maioria deles utilizando plataformas como Facebook, Instagram e Twitter regularmente (Barros et al., 2020).


Estudos demonstram que o uso precoce e excessivo de redes sociais pode ter um impacto significativo no desenvolvimento socioemocional e cognitivo dos adolescentes, levando a problemas como ansiedade, depressão e baixa autoestima (Nishida et al., 2019). Além disso, o uso prolongado dessas tecnologias está associado a percepções negativas sobre a imagem corporal e baixa autoestima (Santos & Pereira, 2022).


A dependência excessiva da internet também é uma preocupação, com estudos indicando uma alta prevalência de riscos à saúde mental entre usuários que fazem uso abusivo da rede (Sales et al., 2021). A multitarefa em telas digitais tem sido associada a distúrbios psicológicos e comportamentais em crianças e adolescentes (Grillo et al., 2023).


Durante a pandemia de COVID-19, o aumento do uso da internet e das redes sociais contribuiu para a ampliação do cyberbullying, afetando ainda mais o bem-estar dos jovens (Mendes et al., 2021). Além disso, o distanciamento social imposto pela pandemia trouxe sentimentos de tristeza e mudanças nos estilos de vida dos jovens (Malta et al., 2020).


É fundamental reconhecer que nem todo uso de redes sociais é prejudicial. O uso moderado pode fortalecer relacionamentos, promover a conscientização sobre questões importantes e oferecer oportunidades educativas (Souza & Cunha, 2019). No entanto, é crucial estabelecer um equilíbrio saudável para evitar os efeitos negativos mencionados anteriormente.


Profissionais de saúde, pais e educadores desempenham um papel crucial na orientação dos jovens sobre o uso responsável das redes sociais e na promoção de um ambiente digital seguro. Além disso, é necessário um esforço coletivo para combater o cyberbullying, promover a autoestima positiva e criar um ambiente online mais inclusivo e respeitoso (Honorato et al., 2022).


Em conclusão, o debate sobre o impacto das redes sociais na saúde mental dos jovens é complexo e em constante evolução. Embora apresentem benefícios, é preciso estar atento aos potenciais riscos e trabalhar em conjunto para garantir um uso saudável e equilibrado dessas plataformas, visando o bem-estar e o desenvolvimento saudável dos adolescentes em um mundo digital cada vez mais presente em suas vidas.


Referências:

  • Barros et al., 2020

  • Nishida et al., 2019

  • Santos & Pereira, 2022

  • Sales et al., 2021

  • Grillo et al., 2023

  • Mendes et al., 2021

  • Malta et al., 2020

  • Souza & Cunha, 2019

  • Honorato et al., 2022

 
 
 

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©2025 por Marcos Miranda.

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